Numa dessas conversas de botequins ou mesmo numa dessas idas ao porão
a vida resolveu brincar comigo. Parece que foi ontem - e talvez tenha mesmo sido - que me deparei com um rosto perdido em meio a multidão e encontrado em meio a um rock melódico e progressivo.
E como todo encontro de rock o mosh não poderia faltar. Mosh que bagunçou com o que eu sinto.
Levei um soco que me acordou pra vida, levei um susto que me fez perder o sentido. E até onde imagina nossa vã filosofia, a reciprocidade com aparência de verdade veio de encontro a mim. Se sentir viva, se sentir bem as vezes é uma morfina pra tentar amenizar erros de um passado que bate a porta, que assombra.
E tanto eu quanto você apostamos fichas nesse jogo e dizemos pro garçom que passa "manda ai mais uma dose". Felicidade é entorpecente. Felicidade momentânea é viciante.
Mas é como um chocolate meio amargo: é bom, mas sempre vai sobrar um pedaço.
Se o rock te transforma e te faz querer voar, gritar e viver porque não viajar em um acorde e desfrutar
de cada melodia em paz?!
Talvez porque o que nos limita talvez seja aquilo que realmente queremos.
Ou talvez porque talvez seja complicado demais.
Pensar que é irrelevante é simplesmente assumir que na verdade você se importa demais, mas talvez esteja
muito machucado pra continuar tentando.
E se soar poético demais? Porque não um pouco de poesia melodramática? Aquela que te faz reviver os piores sentidos da sua vida e ainda assim te puxa pra perto. Afinal, um pouco de depressão não mata ninguém.
Com o perdão do trocadilho. rs
Tendenciosamente ou não, os melhores conselhos que ouvi sobre tal situação vieram direto do meu passado, que se afastou bruscamente de mim e agora se tornou uma lembrança do que eu preciso esquecer.
E que, honestamente, me faz falta como nada nessa vida já me fez.
E nesse jogo de palavras e músicas a solução se torna cada vez mais distante.
Ridiculamente envolventes. Sol e lua. Entre poesia rock n roll... eu resolvi viver em paz.
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