segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um Jack, um Johnson, uma vontade, uma saudade.

Chegou em casa com uma vontade gigantesca de colocar tudo pra fora. De jogar tudo pro alto e de parar de insistir.
Há muito já não sabia mais como se comportar diante das alterações tão frequentes e das diferenças gritantes entre um amor e uma pessoa. Por uma pessoa... Seja lá o que for.
Era estranho como os pressentimentos pareciam guiar os passos do pobre Jack. Pressentia o mal, e ele era atraido como um imã. E quase sempre estava certo. E quase sempre ignorava sua certeza e a substituia pelo que sentia. O sentir pode ser mais forte que o duvidar.
Se sentia o bem, chorava de felicidade por um dia bem vivido, uma tarde de declarações, amores, musicas e entrelinhas.
Se sentia o mal, se perdia e não existia nada que o trouxesse de volta.
Sensação de perda não é a melhor coisa do mundo. Mas como se perde algo que mal se tem? De perder Jack entendia.
De fazer os outros perderem também. Talvez venha daí tanta insegurança, tanta incerteza.
De se apaixonar ele pouco entendia. Das poucas duas vezes aprendera que esperar o melhor das pessoas não faz com que isso seja verdade. E lembra que o Johnson lhe disse entre melodias que amar alguém não faz com que ela também te ame.
A mente indecisa e perdida de Jack o fazia perder o sono e começar a escrever sobre si mesmo. Até que vencido pelo cansaço adormecia e sonhava. E lembrava. E idealizava.
O despertar de um sonho pode ser bom ou ruim. Depende do que se sonha ou, mais especificamente, com quem se sonha.
A voz dela ecoava em seus sonhos. E suas curvas e sorrisos o faziam sorrir; como um menino ao ver um brinquedo novo.
Quase que automaticamente ligava pessoa a frases, a dias, a tardes intermináveis. E sorria e acreditava.
Aí ligava de novo os pontos e se lembrava de todo o mal. Se lembrava do quanto o incomodava o fato dela querer viver os quatro elementos do mundo e se esquecer que mais importante do que isso, era o que sentiam um pelo outro.
E aí chorava, se entregava. E adormecia de novo.
Amanhã nasceria um novo dia. Amanhã nasceria outra vontade.
A vontade de colocar tudo pra fora vagamente se transformou em palavras.
Vagamente..

"When your mind is a mess, so is mine. I cant sleep cause it hurts when I think. My thoughts aren't at peace
with the plans that we make, chances we take. They're, not yours and not mine. There's waves that can break
all the words that we said and the words that we mean. Words can fall short, can't see the unseen [...]
And know that if I knew, knew all the answers I would not hold them from you'd. Know all of the things that i'd know. We told each other, there is no other way..."

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