"When you take what you want but not what you need". Não sei bem onde ouvi isso. Em um parachoque qualquer, em um seriado de tv. Ou talvez tenha dito pra mim mesma tantas vezes incoscientemente que se tornou uma daquelas verdades clichês que tanto insistem em me assombrar.
Ao que parece todo mundo busca a felicidade e a associa a outra pessoa. A que é letra e música, pergunta e resposta e cada dúvida dos 3 tempos verbais.
E quando parece encontrar, se afasta. Medo? Insegurança? Ou só o coração gritando por seus desejos? Desejo de permanecer sozinho. De lutar em uma batalha na qual só você e seu egoísmo permanecem com vontade de viver. Ou o desejo constante e incontrolável de sempre estar em busca do que não se tem. De escalar um Everest por algo e pular de ponta porque o tempo fez com que aquilo não significasse mais nada.
Ou de saciar a vontade por algo ou alguém que caiu de para quedas e te deixou tonto pela gravidade da coisa. Não sei bem descrever em palavras o que sinto, não sei me esforçar por algo que não acredito.
E a noite sozinha começo a pensar, e esse turbilhão de pensamentos me arrasta para um lugar em mim mesma que nunca conheci. Um lugar só meu, mas não um bom lugar.
Para um infinito de confissões e pensamentos sórdidos. E o mais estranho de tudo é querer sentir e viver esse infinito. Querer fugir e ficar. Querer lutar pelos meus sonhos e aqueles que os povoam. Querer cantar e ser ouvida. Chorar e rir de tudo. Começar de novo como uma página em branco, um livro não lido, um quarto vazio. E amar? Amar a mim mesma. Isso basta.
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